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O Fascismo

A Emergência do Fascismo e suas conseqüências
 
    A Europa viveu a década de 30 sob a ameaça do fascismo, ideologia totalitária e expansionista que se estendeu por boa parte do continente. As causas foram: a profunda crise econômica iniciada nos Estados Unidos em 1929, que gerou recessão mundial e proletarização das camadas médias; o abuso dos vencedores da Primeira Guerra Mundial sobre a Alemanha derrotada (Tratado de Versalhes); o medo do "perigo vermelho" após a formação da União Soviética; e a perda de confiança de parte da sociedade nas instituições liberais e democráticas.
 


   
As conseqüências da Primeira Guerra Mundial foram desastrosas para a Itália, que perdeu mais de 700 mil soldados e contraiu altas dívidas com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha. Esse custo elevadíssimo não foi compensado pelos tratados de paz, criticados pela burguesia nacionalista. Falava-se em "vitória mutilada", com poucos territórios concedidos à Itália. O fim da guerra provocou o aumento do desemprego e uma sucessão de conflitos sociais.
 

A Itália fascista


  
  Mussolini chegou ao poder em outubro de 1922, após a Marcha sobre Roma. Um mês depois, o Parlamento concedeu plenos poderes ao governo fascista. Mussolini, animado pela vitória nas eleições de 1924, criou um Estado fascista baseado no corporativismo, no intervencionismo estatal na economia e no expansionismo militarista (ações armadas na Etiópia e na Guerra Civil Espanhola). Ao mesmo tempo, acabou com a Questão Romana (formação do Estado do Vaticano), recuperou a economia, organizou uma legislação trabalhista, proibiu a emigração, reforçou a censura e passou a perseguir a oposição política por meio da milícia fascista, os camisas negras. O Duce, como era chamado Mussolini, tornou-se presidente do Conselho, respondendo apenas ao rei e governando por decretos de forma autoritária.

 

 

O Nazi-Fascismo

A situação crítica que se encontrava a Europa após a guerra concorreu para o surgimento de ideologias políticas totalitárias que se apresentavam como solução para todos os males. Crescia, portanto, uma terceira via, além da democracia liberal e do socialismo. O fascismo e sua versão alemã – o nazismo – são as maiores expressões deste quadro. Nos países em que o totalitarismo triunfou, sobretudo na Itália e na Alemanha,ocorrem situações parecidas: um regime democrático frágil, polarização entre a esquerda (comunistas e anarquistas) e a direita nacionalista, crise econômica e, por fim, a figura de um líder incorporando os símbolos nacionais.

Argumenta-se que o regime totalitário é uma resposta aos momentos de crise. No contexto histórico específico do fascismo, acrescenta-se o avanço das idéias socialistas como um fator explicativo importante. Esta idéia é defendida pelo historiador marxista Eric Hobsbawm. Segundo ele, a ascensão da direita totalitária foi uma espécie de resposta ao crescimento do poder operário, evidenciado na Revolução de Outubro, na Rússia. Hobsbawm continua dizendo que a direita radical já fazia parte do cenário político europeu desde o fim do século XIX, mas eram mantidos sob controle. O "perigo" socialista viria mudar este contexto.[1] Ainda neste aspecto econômico, diz-se que o fascismo surge como solução para os conflitos entre capital e trabalho. A burguesia, temerosa de perder o seu poderio neste conflito, alia-se então aos regimes totalitários de direita.

Outros estudiosos argumentam diferente. Priorizando o aspecto político, encontram-se aqueles que defendem a idéia de um "vazio hegemônico" para explicar o surgimento do nazi-fascismo. Este conceito é utilizado para caracterizar uma situação onde, em um determinado lugar, nenhum grupo social se encontra em condições políticas e econômicas de impor o seu projeto de poder. Neste momento, então, surge a figura de um líder que "toma pra si" a responsabilidade política de desenvolver a nação.

No caso italiano, a frustração em não conquistar alguns territórios desejados, somado às perdas obtidas durante a guerra criaram um ambiente fértil para a ascensão do regime de Mussolini. O nacionalismo era instigado. Greves e rebeliões em toda a parte demonstravam a situação social do país.O governo democrático não possuía autoridade suficiente para acalmar os ânimos. A burguesia então, receosa com o clima revolucionário, acabou apoiando aqueles que representavam uma opção política com a força e a capacidade necessária para controlar esta situação – os fascistas.

Depois de tentativas frustradas de tentar chegar ao poder por vias legais, em 1919, Mussolini percebeu que outra via era possível, e assim o fez. Com o agravamento da situação no país, mais grupos demonstravam apoio ao fascismo. Em 1922, Mussolini chegava ao poder para três anos depois eliminar a oposição e estabelecer o seu regime totalitário.

Na mesma época em que se consolidou o regime fascista na Itália, Hitler lançava seu livro - Mein Kampf (Minha Luta) – onde desenvolvia suas teorias raciais e dava corpo à futura ideologia nazista. Sua obsessão pela pureza da raça, seu ódio aos judeus e seu nacionalismo exacerbado foram suas marcas, além de um gênio político-militar que poucos ousaram reconhecer. O desejo de um Império Alemão Central (o espaço vital) composto apenas daqueles pertencentes à "raça superior ariana" foi um objetivo buscado até a sua morte.

O ambiente político e econômico em que se deu o surgimento e o desenvolvimento dos nazistas na Alemanha foi semelhante àquele visto na Itália fascista. No entanto, após investimentos norte-americanos no pós-guerra a Alemanha se recuperou economicamente.

Diferente da Itália, na Alemanha havia uma industrialização suficiente para se ter um proletariado bem definido. Após a Primeira Guerra Mundial, além de ter sido considerada a "culpada pela guerra", foi imposto aos alemães um governo social-democrata – a "República de Weimar". No entanto, este tipo de governo necessita de recursos econômicos para manter a política social à qual ela se propõe. Na falta de capital, crescem as oposições à este regime de governo. A partir disto, o fator principal que veio ajudar em muito a ascensão de Hitler foi a Crise de 1929. O país, de todos os europeus que haviam passado pela industrialização, foi o mais atingido pela crise econômica. Um terço da população era de desempregados, a polarização entre nazistas e comunistas aumentava. A partir daí, o estabelecimento do regime nazista na Alemanha se deu de forma meteórica. Já em 1933, em poucas semanas Hitler passou de Chanceler para Führer.

Várias foram as mudanças introduzidas com a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha. Os partidos foram extintos e os judeus foram perseguidos. Por outro lado, o Führer conseguiu praticamente acabar com o desemprego, através da promoção de inúmeras obras públicas. Mas como questiona Duroselle, "ao preço de que deterioração moral?".Além disso, com nacionalismo exagerado, Hitler ressurgiu e construiu diversos símbolos nacionais, a fim de obter a unidade do povo alemão. Nada escapava ao alcance da ideologia totalitária. Até os juízes faziam a saudação nazista.

Cabe ressaltar que o Estado totalitário, diversas vezes, se apropria de elementos do discurso socialista, uma vez que o "público alvo" era o mesmo – as camadas sociais mais baixas. Além disso, ambos possuem um sistema de partido único e o desprezo pela individualidade, priorizando o coletivo. Por isso, muitos autores costumam assemelhar o regime fascista do regime socialista da URSS. De fato, os dois regimes foram totalitários, utilizando, porém, um discurso ideológico distinto.

Além disso, a utilização dos meios de comunicação em massa para a propagação da ideologia totalitária também foi uma constante. O culto à personalidade, o ideal de nação, o coletivo/corporativismo (em detrimento ao individualismo exaltado pela ideologia liberal), o nacionalismo, o racismo, enfim, diversos elementos foram costurados com o intuito de corporificar um discurso ideológico que sobrepujasse toda e qualquer oposição ao regime. Além disso, os nazi-fascistas se caracterizam pelo ativismo, ou seja, o uso da força e da violência, sobretudo contra as correntes de esquerda – comunistas, socialistas e anarquistas.

O Estado totalitário não abre mão do capitalismo. O que ele faz de diferente é a não adoção da democracia, do liberalismo (e sua prerrogativa do individualismo). O totalitarismo intervém na economia porque acredita que acima dos interesses particulares estão os interesses da nação, do conjunto de indivíduos. Um slogan utilizado pelos nazistas dizia tudo: "você não é nada, o povo é tudo".

A Propaganda Política Nazista

"A propaganda política busca imbuir o povo, como um todo, com uma doutrina... A propaganda para o público em geral funciona a partir do ponto de vista de uma idéia, e o prepara para quando da vitória daquela opinião". Adolf Hitler escreveu tais palavras em 1926, em seu livro Mein Kampf , no qual defendia o uso de propaganda política para disseminar seu ideal de Nacional Socialismo que compreendia o racismo, o anti-semitismo e o anti bolchevismo.

 

https://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005202

                                                     

Ásia

 O maior dos continentes, com cerca de 44.500.000 km de superfície e limitado ao norte pelo oceano Pacifico e Indico, respectivamente, e a oeste pelos mares Mediterrâneos, Egeu de Mármara, Negro, Vermelho e Cáspio, além dos limites convencionais que a separam da

Europa (cadeia do Cáucaso, rio Ural e montes Urais). Seus pontos extremos são o cabo Tcheliuskn (ao Norte), cabo Piai ou Bulus (ao sul), cabo Baba (Turquia) e cabo Dezhnev (Sibéria Oriental ). A Ásia, que ocupa a Quinta parte da superfície total do hemisfério norte e um terço das terras emersas, é um continente maciço, cujo o bloco principal forma um vasto quadrilátero, com lados que medem mais de 6.000km; seus ângulos seriam o estreito de Karas, o estreito de Bering, Cantão e o interior do golfo Pérsico. Esse bloco maciço representa quatro quintos de sua superfície, enquanto a ilhas e penínsulas somam um cinco da área total.   

     ·Geografia.

Pode-se dividir a Ásia em oito unidade geológica e de relevo: maciço da Arábia e planície do Iraque; Índia peninsular e planície indo-gangética; montanha da Turquia, Caucásia, Irã e Afeganistão; sistema do Himalaia; Ásia Central; planície da arco insulares.

 

·Clima.

O continente Asiático apresenta notáveis contraste climáticos. Suas terras, cortadas ao norte pelo circulo polar ártico e ao sul pelo equador, possuem, por influencia da variação da latitude, desde clima quentes e extremos até o mais rigoroso clima frio. O relevo é outro fator climático de destaque, pois as montanhas e planaltos fazem baixar as médias térmicas e explica o aparecimento de neves eternas até baixas latitude. Os ventos têm importância sobre a repartição da chuva, principalmente no sul e sudeste, onde sopram as monções. Esquematicamente podem se distinguir, na Ásia, seis tipo de clima:

 Clima equatorial. Compreende estreita faixa nas proximidades do equador, onde as temperaturas tem média anual de 25 a 26ºC. As chuvas repartem-se de modo regular, não existindo estação de seca. A umidade relativa em torno de 80%.

Clima de monções. É típico na zona, pluviométrico, que divide estações seca e chuvosa, de duração variável segundo a continentalidade das regiões. As estações são bem distinta: na época das chuvas cai quase o total de precipitações e durante a seca as chuvas faltam por completo. Outras característica deste tipo de clima é a passagem das estações. Onde a existência das duas estações prende-se ao mecanismo das monções. Devido ao deslocamento das áreas ciclonal e anticiclonal, os ventos se dirigem, no inverno, do interior montanhoso para os oceanos, e no verão dos oceanos para o continente.

Clima temperados. Pertence a este grupo os climas da China, Japão, Coréia, Manchúria, Sibéria centro- meridional e certas áreas da Ásia central. Por influência principalmente das latitudes e altitudes, possui o continente todos os tipos de clima temperado: oceânicos e continentais, frio e subtropicais, monçônico e desértico. Nessa regiões as médias térmicas raramente sobem a mais de 20ºC e as estações são bem definidas.

Clima desértico. As regiões desse clima começa no mar Vermelho, e vai a Mongólia. Os desertos mais ocidentais, que as situa próximo trópico de Câncer e possui menores altitudes, são arenoso e quente todo o ano. Os demais situados a maiores altitudes e latitudes médias são pedregosos, registrando-se, no inverno, a queda de neves, enquanto no verão são escaldantes.

Clima ártico. São característico no inverno rigoroso e logo com media anual de 0ºC. como em Verkhoyyansk, onde o terremoto pode descer a –70C. os verões são de pouca duração e são pouco quentes, não chegando a desgelar completamente o solo.

Clima mediterrâneo. São típicos da Ásia ocidental, com verões secos e quente e invernos suaves. As chuvas caem regularmente nas estações frias.

 

A vegetação do continente Asiático

 

O relevo e a diversidade do clima são fatores que determinam a sua cobertura vegetal. No norte da Ásia onde o clima é frio, co temperaturas que tem em determinado locais chegam a 70°C. Encontramos dois tipos de vegetação: a tundra, nas regiões onde predomina o frio polar, e a floresta de taiga, onde existe a ocorrência do frio continental.

 

A Tundra é formada por liquens e musgos; é bastante pobre e passa a maior parte do tempo congelada. No alto verão, quando ocorre o degelo, a Tundra ressurge com flores.

 

A Taiga tem, como espécies predominantes, formações florestais que possuem folhas pontiagudas, em forma de agulha para diminuir a perda da água, como o pinheiro.

 

A Taiga siberiana é bastante explorada e dela se retira principalmente a madeira para a fabricação de papel.

 

As estepes e pradarias aparecem nas áreas próximas aos desertos. São espécies rasteiras de gramíneas, com poucos arbustos.

 

As gramíneas servem de alimento para os rebanhos de ovinos e caprinos. A vegetação de deserto aparece onde as condições de aridez são muito acentuadas; constitui-se de plantas rasteiras e arbustos isolados. Esta vegetação é chamada de xerófila. Nas ilhas de maior umidade, aparece os oásis, com tamareiras e outras espécies típicas.

 

As florestas tropicais e equatoriais aparecem nas regiões próximas ao Equador que apresentam elevadas temperaturas e altos índices pluviométricos, como: Península Malaia, Península da Indochina, uma parte da índia e nas ilhas Sumatra, Bornéo, Nova Guiné e Filipinas.

 

Devido às altas temperaturas e a umidade, a Ásia Equatorial e Ásia das Monções apresentavam uma vegetação original densa e com árvores de grande altura. Estas florestas foram tão exploradas pelo homem que modificaram o ecossistema. A Savana aparece nas áreas vizinhas as florestas tropicais e equatoriais.

 

A Floresta subtropical e temperada ocorre em áreas do território chinês, Coréia do Norte e Coréia do Sul e no Japão. Estas florestas também sofreram intensa exploração e ocupação humana.

https://fmostardeiro.vilabol.uol.com.br/asia.htm

https://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/arlindojunior/geografia040.asp

 

A diversidade étnico-religiosa do Iraque pode ameaçar sua unidade territorial caso o frágil equilíbrio interno não seja levado em conta e administrado com destreza pelo futuro governo. Se o regime de Saddam Hussein cair, como promete Washington, as autoridades que o substituírem precisarão conciliar as aspirações de sunitas, xiitas, cristãos, árabes e curdos do Iraque a fim de evitar divisões no país.

Nas últimas décadas, houve diversos períodos de tensão entre o governo e a miscelânea iraquiana de religiões e etnias, sobretudo após a Guerra do Golfo, em 1991. Nesse mesmo ano, uma revolta armada eclodiu no sul do Iraque. Segundo a comunidade internacional, a rebelião foi organizada por grupos xiitas (ramo do islã majoritário no país).

Diversos levantes curdos se seguiram. Em 1991, James Baker, então secretário de Estado dos EUA, contentou-se em observar a fuga de milhares de curdos em direção à Turquia. Desta vez, Colin Powell, seu sucessor, promete protegê-los.

De qualquer forma, a rota de fuga de eventuais retaliações e bombas seria outra agora. A Turquia concentra a absoluta maioria dos 25 milhões de curdos (cerca de 60% deles) e teme levantes domésticos e a fundação de um Curdistão independente em parte de seu território.

No Iraque, os curdos representam cerca de 15% dos 24 milhões de habitantes. Relegados por acordos que dividiram a região após a Primeira Guerra Mundial, eles vivem em diversos países (Turquia, Irã, Iraque, Síria, Azerbaijão e Armênia) e formam o maior grupo étnico sem Estado do mundo.

Nabil Abdul Fattah, do Centro de Estudos Estratégicos e Políticos Al Ahram, do Cairo, afirma que, se a transição de poder não for cuidadosa e bem planejada, o risco de fragmentação do Iraque é considerável. Segundo o analista, sem a concessão de autonomia a Províncias onde os curdos são maioria, os movimentos separatistas vão se fortalecer.

Outro fator de desestabilização é que importantes refinarias de petróleo ficam em áreas curdas. Não por acaso a cidade de Kirkuk (onde se descobriu o petróleo iraquiano em 1927) é reivindicada como capital curda no Iraque. Além dos curdos, analistas temem que revoltas de muçulmanos xiitas, que formam 60% da população iraquiana, possam completar a receita para um conflito mais amplo na região que envolveria o Irã (majoritariamente xiita) e a Arábia Saudita (majoritariamente sunita).

"Saddam Hussein sonha com a grandiosidade da Mesopotâmia [região entre os rios Eufrates e Tigre] e da Babilônia [de Bab Ili, a porta de Deus] e ainda reivindica porções de terra em disputas com vizinhos como Irã e Kuait, mas garante a unidade do país com mão-de-ferro", afirma Fattah.

História milenar

A região entre os rios Tigre e Eufrates (a Mesopotâmia, conforme a denominação dos gregos), que praticamente forma o Iraque moderno, é o berço dos primeiros vestígios da civilização humana _incluindo a invenção da roda, da matemática e da agricultura.

A diversidade de etnias e religiões e a história milenar do Iraque são fatores que propiciaram uma riqueza cultural, mas também o que historiadores árabes descrevem como a "síndrome da Torre de Babel" (que ficaria em território iraquiano): um entendimento nem sempre fácil aliado a um chamariz para a cobiça externa. Entre outros, caldeus, persas, mongóis, otomanos, sauditas e britânicos já almejaram dominar o país.

Se, na Antiguidade, eram a terra fértil e o desenvolvimento que estimulavam os conquistadores, no século 20 o petróleo se tornou o principal atrativo. Em 1929, dois anos depois de sua descoberta no norte do país, os ingleses já garantiam o controle com a criação da Iraq Petroleum Company, cuja sede se fixou em Londres. Agora, sabe-se que o Iraque possui as maiores reservas de petróleo conhecidas após as da Arábia Saudita, o que incentiva disputas comerciais, políticas e militares.

No passado, o domínio otomano (o Iraque foi anexado ao Império Otomano no século 16) e o colonialismo europeu que o substituiu incentivaram o crescimento do nacionalismo árabe no Iraque, que já foi o centro cultural da região (o império islâmico abássida, com sua literatura, sua filosofia, sua arquitetura e sua ciência, desenvolveu-se a partir do atual Iraque). Um conflito armado deve acirrar movimentos nacionalistas e ampliar o fosso entre os diversos representantes do mosaico étnico-religioso iraquiano.

Um eventual governo pós-Saddam tem duas opções: a habilidade política ou a repressão sistemática adotada por países da região.

https://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u53222.shtml

Copa

Bola    

Grupos

Times participantes da copa e numeros de participações

A era Vargas

Significado: 

Populismo é uma forma de governar em que o governante utiliza de vários recursos para obter apoio popular. O populista utiliza uma linguagem simples e popular, usa e abusa da propaganda pessoal, afirma não ser igual aos outros políticos, toma medidas autoritárias, não respeita os partidos políticos e instituições democráticas, diz que é capaz de resolver todos os problemas e possui um comportamento bem carismático. É muito comum encontrarmos governos populistas em países com grandes diferenças sociais e presença de pobreza e miséria.

Frase Exemplo: 

Getúlio Vargas foi um presidente que seguiu o populismo.

Explicação da frase:

Getúlio Vargas, ex-presidente do Brasil, adotou o populismo como uma das características de seu governo. Apelidado de "pai do pobres", promoveu seu governo com manifestações e discursos populares, principalmente no Dia do Trabalho (1º de maio). Não respeitou a liberdade de expressão e a democracia no país. Usou a propaganda para divulgar suas ações de governo.

https://www.suapesquisa.com/historia/dicionario/populismo.htm

Miopia
É a impossibilidade da pessoa ver nitidamente objetos colocados à distância.
A miopia pode ser de dois tipos: de campo e ou de curva.
De campo é quando o olho é mais alongado; de curva é quando a córnea é muito acentuada.
A miopia não é uma doença e sim uma variação anatômica do olho.

      

Hipermetropia
É o contrario da miopia. A impossibilidade da pessoa hipermétrope é maior para perto, mas atinge a visão de longe.Pode ser causada pela curva muito baixa da córnea ou do tamanho do olho ser pequeno no plano horizontal.O hipermétrope nem sempre enxerga mal para perto.

 

               

Astigmatismo


O astigmatismo é um problema de visão que surge devido a irregularidades na curvatura da córnea ou a alterações da forma e posição do cristalino. Como consequência destas alterações, forma-se no olho uma imagem não-pontual, isto é, um mesmo objecto é focalizado como dois pontos separados, criando uma imagem distorcida e esborratada.
Os pacientes astigmáticos apresentam sintomas que variam do desconforto visual, nos casos mais suaves, até dificuldades graves em formar imagens nítidas, devido à distorção e ao esbatimento da imagem formada na retina, nos casos mais graves.
Esta perturbação visual pode surgir associada a outras deficiências ópticas, como a miopia (imagem formada antes da retina) e a hipermetropia (imagem formada após a retina). O astigmatismo é frequentemente hereditário, sendo a sua correcção feita por meio de lentes cilíndricas.

https://www.laboratoriorigor.com.br/deficiencias.html

 

Introdução

A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo.

A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.

A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã.

Paz Armada

Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo. 

Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países socialistas.
Alguns países membros da OTAN : Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia.

Alguns países membros do Pacto de Varsóvia : URSS, Cuba, China, Coréia do Norte, Romênia, Alemanha Oriental, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia.

Corrida Espacial

EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.

Caça às Bruxas

Os EUA liderou uma forte política de combate ao comunismo em seu território e no mundo. Usando o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo as histórias em quadrinhos, divulgou uma campanha valorizando o "american way of life". Vários cidadãos americanos foram presos ou marginalizados por defenderem idéias próximas ao socialismo. O Macartismo, comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu muitas pessoas nos EUA. Essa ideologia também chegava aos países aliados dos EUA, como uma forma de identificar o socialismo com tudo que havia de ruim no planeta.

Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam, prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as regras estabelecidas pelo governo. Sair destes países, por exemplo, era praticamente impossível. Um sistema de investigação e espionagem foi muito usado de ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos integrantes da CIA, os funcionários da KGB faziam os serviços secretos soviéticos.

"Cortina de Ferro"

Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os países vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra : URSS, EUA, França e Inglaterra. No final da década de 1940 é levantado Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes : uma capitalista e outra socialista. É a vergonhosa "cortina de ferro". 

Plano Marshall e COMECON

As duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas.

Envolvimentos Indiretos

Guerra da Coréia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coréia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coréia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coréia no paralelo 38. A Coréia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coréia do Sul manteve o sistema capitalista.

Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista. 

Fim da Guerra Fria

A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.

 


Brasília é a principal obra do governo JK

Histórico Político

Com o suicídio de Getúlio Vargas, em 24 de Agosto de 1954, abriu-se um buraco no poder e também na herança política, perseguida por seus simpatizantes e adversários. Para substituí-lo tentaram lançar uma candidatura de “união nacional”, com a adesão de dois dos maiores partidos políticos da época: o Partido Social Democrático (PSD) e a União Democrática Nacional (UDN). Eles teriam um candidato único, que uniria a direita e o centro e evitaria uma nova candidatura radical como era a “getulista”.

Esta idéia, porém, não se concretizou e, em 10 de Fevereiro de 1955, o PSD homologou o nome de Juscelino Kubitschek como candidato à presidência da República. JK sabia que precisava do apoio de uma base sólida e da aceitação popular, como tinha o PTB, partido de Vargas e que tinha João Goulart como candidato à presidência. Poucos dias após a homologação de JK como candidato do PSD, o PTB selou acordo tendo João Goulart (Jango) concorrendo como vice-presidente.

Muitas foram as tentativas dos “anti-getulistas” para inviabilizar a campanha JK-Jango, apoiada, inclusive, pelo Partido Comunista Brasileiro. A UDN era a principal rival dessa coligação, com intenções escancaradas de impedir a qualquer custo a vitória de JK, inclusive usando de meios ilícitos para cumprir seu objetivo.

Nas eleições de 3 de Outubro de 1955, JK elegeu-se com 36% dos votos válidos, contra 30% de Juarez Távora (UDN), 26% de Ademar de Barros (PSP) e 8% de Plínio Salgado (PRP). Naquela época, as eleições para presidente e vice não eram vinculadas, mas Jango foi o melhor votado para vice, recebendo mais votos do que JK e pôde, em 31 de Janeiro de 1956, sentar-se ao lado de seu companheiro de chapa para governar o país.

O governo desenvolvimentista

O governo de JK é lembrado como de grande desenvolvimento, incentivando o progresso econômico do país por meio da industrialização. Ao assumir sua candidatura, ele se comprometeu a trazer o desenvolvimento de forma absoluta para o Brasil, realizando 50 anos de progresso em apenas cinco de governo, o famoso “50 em 5”.

Seu mandato foi marcado por grande calmaria política, sofrendo apenas dois movimentos de contestação por medo das tendências esquerdistas do presidente: as revoltas militares de Jacareacanga, em fevereiro de 1956 e de Aragarças, em dezembro de 1959. As duas contaram com pequeno número de insatisfeitos, sendo ambas reprimidas pelas Forças Armadas. Com o fim das revoltas, Juscelino concedeu "anistia ampla e irrestrita" a todos os envolvidos nos acontecimentos.

O governo JK foi marcado por grandes obras e mudanças. As principais foram:

- O Plano de Metas, que estabelecia 31 objetivos para serem cumpridos durante seu mandato, otimizando principalmente os setores de energia e transporte (com 70% do orçamento), indústrias de base, educação e alimentação. Os dois últimos não foram alcançados, mas isso passou despercebido diante de tantas melhorias proporcionadas por JK;

- Criação do Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA), implantando várias indústrias de automóvel no país;

- Criação do Conselho Nacional de Energia Nuclear;

- Expansão das usinas hidrelétricas para obtenção de energia elétrica, com a construção da Usina de Paulo Afonso, no Rio São Francisco, na Bahia e das barragens de Furnas e Três Marias;

- Criação do Grupo Executivo da Indústria de Construção Naval (Geicon);

- Abertura de novas rodovias, como a Belém-Brasília, unindo regiões até então isoladas entre si;

- Criação do Ministério das Minas e Energia, expandindo a indústria do aço;

- Criação da Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e

- Fundação de Brasília.

Durante esse governo houve um grande avanço industrial e a sua força motriz estava concentrada nas indústrias de base e na fabricação de bens de consumo duráveis e não-duráveis. O governo atraiu o investimento de capital estrangeiro no país incentivando a instalação de empresas internacionais, principalmente as automobilísticas.

Essa política desenvolvimentista só foi possível por meio de duas realizações de Vargas: a Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda (RJ), em 1946 e a Petrobras, em 1953. Com a criação da Siderúrgica, o Brasil pôde começar a produzir chapas de ferro e laminados de aço, necessários como material para outras indústrias na fabricação de ferramentas, pregos, eletrodomésticos, motores, navios, automóveis e aviões.

A Siderúrgica impulsionou a indústria automobilística que, por sua vez, impulsionou a indústria de peças e equipamentos. As três juntas impulsionaram o crescimento e a construção de usinas hidrelétricas mais potentes. A criação da Petrobras também forneceu matéria-prima para o desenvolvimento da indústria de derivados do petróleo, como plásticos, tintas, asfalto, fertilizantes e borracha sintética.

Todo esse desenvolvimento concentrou-se no Sudeste brasileiro, enquanto as outras regiões continuavam com suas atividades econômicas tradicionais. Por esse motivo, as correntes migratórias aumentaram, sobretudo as do Nordeste para o Sudeste – que chegaram a 600 mil pessoas em 1953, o que significava 5% da população nordestina – e do campo para a cidade.

Os bens produzidos pelas indústrias eram acessíveis apenas a uma pequena parcela de brasileiros, enquanto que a maioria – formada pela classe trabalhadora – continuava política e economicamente marginalizada, prova cabal da concentração de riquezas nas mãos de poucos.

Para tentar sanar esse problema, JK criou a Sudene, em 1959, para promover o desenvolvimento do Nordeste. A intenção era que houvesse industrialização e agricultura irrigada na região. Porém, o seu partido, o PSD, era ligado aos coronéis do interior, o que impediu que a Sudene fosse um instrumento da prática da Reforma Agrária na região, solução decisiva para acabar com as desigualdades sociais.

Além desses problemas, o progresso econômico também gerou muitas dívidas. Apesar de o Produto Interno Bruto – PIB – ter crescido 7% ao ano e da taxa de renda per capita ter aumentado num ritmo quatro vezes maior do que o da América Latina, as exportações não atingiram o mesmo valor do endividamento e JK foi se enforcando com a própria corda. O capital estrangeiro que trazia riquezas ao Brasil era o mesmo que lhe cobrava montanhas de juros pelos empréstimos realizados pelos Estados Unidos. Nessa época a taxa de inflação crescia sem parar e a moeda brasileira estava cada vez mais desvalorizada.

A sorte de Juscelino foi que esses problemas só vieram à tona quando seu mandato estava bem perto do fim, e isto não abalou a sua imagem diante da população, que até hoje o considera como um político visionário e de grande responsabilidade pelo desenvolvimento do país.

Brasília

A fundação de Brasília como nova capital do país, em localização estratégica, criou uma metrópole no interior do território nacional. Até 1950 existia uma idéia de que existiam dois “Brasis”: um litorâneo, produtivo e moderno e outro interiorano, estagnado social e economicamente. Brasília serviria para permitir a interiorização do desenvolvimento. A Novacap, empresa responsável pela construção de Brasília, atraiu mais de 3 mil operários para o centro do país.

Conhecidos como “candangos”, estes homens trabalhavam sem parar, noite e dia. No dia de sua inauguração, em 21 de Abril de 1960, a nova capital contou com a presença de mais de 100 mil visitantes que puderam ver o nascimento de um dos principais símbolos arquitetônicos do mundo, idealizado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer.

https://www.brasilescola.com/historiab/juscelino-kubitschek.htm

 

Janio quadros

Advogado, nascido em Campo Grande, estado do Mato Grosso do Sul, em 25 de janeiro de 1917.

Transferiu-se com a família para São Paulo, onde iniciou sua carreira política.

Foi vereador (1948-1950) pelo Partido Democrata Cristão (PDC), deputado estadual na mesma legenda (1951-1953), prefeito de São Paulo (1953-1954) pelo PDC e pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e governador desse estado (1955-1959).

Elegeu-se deputado federal pelo estado do Paraná na legenda do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em 1958, mas não chegou a participar das sessões do Congresso.

Foi eleito presidente da República, com o apoio da União Democrática Nacional (UDN), tendo como vice o candidato da oposição João Goulart. Primeiro chefe de Estado a tomar posse em Brasília, em 31 de janeiro de 1961, renunciou ao cargo sete meses depois, abrindo uma grave crise política no país. Candidatou-se ao governo do estado de São Paulo em 1962, mas foi derrotado.

Por ocasião do golpe militar de 1964, teve seus direitos políticos cassados por dez anos. Retornou à política após a anistia, e em 1982 candidatou-se, sem sucesso, ao governo de São Paulo. Em 1985 elegeu-se prefeito de São Paulo, pelo PTB. Faleceu na cidade de São Paulo, em 16 de fevereiro de 1992.

Período presidencial

Jânio Quadros assumiu a presidência de um país com cerca de 72 milhões de habitantes. Iniciou seu governo lançando um programa antiinflacionário, que previa a reforma do sistema cambial, com a desvalorização do cruzeiro em 100% e a redução dos subsídios às importações de produtos como trigo e gasolina. Tratava-se de incentivar as exportações do país, equilibrando a balança de pagamentos. O plano foi aprovado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), credenciando o governo à renegociação da dívida externa brasileira. Internamente, essa política teve um alto custo para a população, implicando, por exemplo, a elevação dos preços do pão e dos transportes.

Em março, Jânio Quadros encaminhou o projeto da lei antitruste e de criação da Comissão Administrativa de Defesa Econômica, vinculada ao Ministério da Justiça, o que foi rejeitado pelo Congresso Nacional. No princípio de agosto, o presidente anunciou a criação da Comissão Nacional de Planejamento e a preparação do Primeiro Plano Qüinquenal, que viria substituir o Plano de Metas estabelecido na administração de Juscelino Kubitschek.

A política externa "independente" implementada pelo governo indicava a tentativa de aproximação comercial e cultural com os diversos blocos do mundo pós-guerra, o que provocou a desconfiança de setores e grupos internos que defendiam o alinhamento automático com os Estados Unidos. Repercutiu negativamente, também, a condecoração, por Quadros do ministro da Economia cubano Ernesto Che Guevara, com a ordem do Cruzeiro do Sul.

No âmbito interno, o governo experimentava, ainda, a ausência de uma base política de apoio: no Congresso Nacional dominavam o PTB e o PSB, ao mesmo tempo em que Jânio Quadros afastara-se da UDN, enfrentando a oposição cerrada do então governador do estado da Guanabara, Carlos Lacerda. Esses são alguns dos principais fatores que teriam levado à renúncia do presidente em 25 de agosto de 1961, consumada através de documento apresentado ao Congresso Nacional. Com o vice-presidente João Goulart em viagem à China, esse gesto abriu uma grave crise política, uma vez que a posse de Goulart era vetada por três ministros militares. A solução encontrada pelo Congresso, e aprovada em 3 de setembro de 1961, foi a instauração do regime parlamentarista, que garantiria o mandato de João Goulart até 31 de janeiro de 1966.

Fonte: www.arquivonacional.gov.br

 

Anos rebeldes

Seria muito difícil imaginar o que seria a sociedade mundial de hoje sem considerar as enormes influências trazidas pelos anos 60, especialmente a partir da sua segunda metade até o início dos anos 70. Ali foram fortalecidos conceitos que nos são caros até hoje, como a igualdade social para pessoas de raças diferentes e entre homens e mulheres, a liberdade sexual (principalmente com o advento da pílula anticoncepcional) e a luta por direitos políticos e liberdade de expressão.

Tudo isso foi resultado de uma efervescência fantástica no campo de produção cultural e de alteração do próprio comportamento individual, de complexidade tamanha que até hoje, passados quase 40 anos, ainda é muito difícil identificar o que um exatamente sofreu influência ou influenciou.

No Brasil, um dos pontos mais marcantes dessa história foi relatado pela minissérie Anos Rebeldes, da Rede Globo. Produzida e levada ao ar em 1992, tendo como musas as atrizes Cláudia Abreu e Malu Mader, Anos Rebeldes sem a menor dúvida insuflou os ânimos dos adolescentes naquele ano para protestarem em todo o País para a cassação do então presidente Fernando Collor de Mello, acusado de acobertar casos de corrupção em seu governo.

Ao ver na minissérie global toda a mobilização dos jovens brasileiros contra o regime ditatorial implementado no País após o Golpe de Estado de 1964, muitos seduzidos pelo "glamour dos companheiros" tomaram para si a luta de retirar Collor do poder.

O fato é que Anos Rebeldes reproduz ficção e história real com propriedade e paixão. Entender a profundidade do período do regime militar do Brasil, porém, é algo muito mais complexo e profundo do que a minissérie mostra.

Para isso, nada como boa literatura. Acaba de sair A Ditadura Derrotada, o terceiro volume da série As ilusões Armadas, do jornalista Elio Gaspari. Antes, foram publicadas A Ditadura Envergonhada e A Ditadura Escancarada. Três obras absolutamente fundamentais para entender exatamente o que acontecia naquele período.

Outros livros que valem muito a pena conhecer para saber exatamente o que se passou naquele período político do Brasil são Os Carbonários, de Alfredo Sirkis; O que é isso Companheiro?, de Fernando Gabeira; Ditadura Militar, Esquerdas e Sociedade, de Daniel Aarao Reis; O fim da Ditadura Militar, de Bernardo Kucinski; e Tiradentes - Um Presidio Da Ditadura, de Izaias Almada, Alípio Freire e J.A. De Granville Ponce.

No campo cultural, as expressões afloravam no exterior e no Brasil. Embalados pelos The Beatles e, em seguida, pelos Rolling Stones, jovens ingleses, em primeiro, e norte-americanos, em seguida, transbordavam sua rebeldia ao som do iê iê iê.

Mais tarde, já em 1969, o mundo ainda atordoado com as mortes de Martin Luther King e Robert Kennedy, o início da Guerra do Vietnã e, durante três dias, jovens celebram a paz e o amor ao som de Janis Joplin, Jimi Hendrix, Joe Cocker, entre outros, numa fazenda próxima de Nova York. Era o festival de Woodstock.

No Brasil, ao longo dos anos 60 principalmente, um fenômeno multicultural por um lado, e por outro voltado com profundidade para as raízes do povo brasileiro, aflorava com extrema intensidade. Com sua origem no movimento modernista de 1922 liderado por Mário de Andrade e Oswald de Andrade, e já conhecedores do movimento Antropofagia (que mesclava a cultura tipicamente brasileira com influências externas, de qualquer canto do mundo), uma série de artistas voltou-se já no final dos anos 60 para produzir uma obra capaz de mostrar as contradições do País.

Foi assim no teatro, com a peça O rei da vela de Oswald de Andrade, dirigida por José Celso Martinez Corrêa, além dos famosos, Parangolés, do artista plástico Hélio Oiticica e Roda Viva , de Chico Buarque, também dirigida por José Celso Martinez Corrêa. Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade e baseado no livro de Mário de Andrade mostrava esse avanço também no cinema.

No campo musical, Tropicália, liderada por Caetano Veloso e Gilberto Gil e com participação de Tom Zé e Gal Costa, entre outros, contrapunha-se a Bossa Nova, enquanto por fora corria a Jovem Guarda.

Uma boa leitura em Cultura em Trânsito - Da Repressão a Abertura, de Zuenir Ventura, Elio Gaspari, e Heloisa Buarque de Hollanda pode garantir uma boa explicação do movimento artístico daquela época. Vale também a pena conhecer Da Bossa Nova à Tropicália, de Santuza Cambraia Naves, e Tropicália Alegoria Alegria, de Celso Favaretto.

Na televisão, ou melhor, na TV Record, os festivais de música eram marcados por seu público "politizado", enquanto os "alienados" preferiam outro programa, Jovem Guarda. Deixando de lado paixões e toda a complexidade daquele momento, vale dizer que das "idéias revolucionárias" tentadas por Gilberto Gil e Caetano Veloso e seu movimento Tropicália (narrado pelo próprio Caetano em Verdade Tropical), ou dos casos românticos da Jovem Guarda, o fato é surgem nesse período músicos e intérpretes maravilhosos como Chico Buarque, Nara Leão, Jair Rodrigues, Elis Regina e Roberto Carlos, entre outros tantos nomes.

Enfim, com extrema riqueza cultural e política, como indica razoavelmente bem Anos Rebeldes, os anos 60, especialmente após sua segunda metade, mudaria a sociedade mundial como um todo e, no Brasil, não foi diferente.

 

https://www.americanas.com.br/cgi-bin/WebObjects/Catalogo.woa/wa/materia?mat=2797

 

 

 

 

Reolução Cubana

Sendo uma das últimas nações a se tornarem independentes no continente americano, Cuba proclamou a formação de seu Estado independente sob o comando do intelectual José Marti e auxílio direto das tropas norte-americanas. A inserção dos norte-americanos neste processo marcou a criação de um laço político que pretendia garantir os interesses dos EUA na ilha centro-americana. Uma prova dessa intervenção foi a criação da Emenda Platt, que assegurava o direito de intervenção dos Estados Unidos no país.

Dessa maneira, Cuba pouco a pouco se transformou no famoso “quintal” de grandes empresas estadunidenses. Essa situação contribuiu para a instalação de um Estado fragilizado e subserviente. De fato, ao longo de sua história depois da independência, Cuba sofreu várias ocupações militares norte-americanas, até que, na década de 1950, o general Fulgêncio Batista empreendeu um regime ditatorial explicitamente apoiado pelos EUA.

Nesse tempo, a população sofria com graves problemas sociais que se contrastavam com o luxo e a riqueza existente nos night clubs e cassinos destinados a uma minoria privilegiada. Ao mesmo tempo, o governo de Fulgêncio ficava cada vez mais conhecido por sua negligência com as necessidades básicas da população e a brutalidade com a qual reprimia seus inimigos políticos. Foi nesse tenso cenário que um grupo de guerrilheiros se formou com o propósito de tomar o governo pela força das armas.

Sob a liderança de Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Ernesto “Che” Guevara, um pequeno grupo de aproximadamente 80 homens se espalhou em diversos focos de luta contra as forças do governo. Entre 1956 e 1959, o grupo conseguiu vencer e conquistar várias cidades do território cubano. No último ano de luta, conseguiram finalmente acabar com o governo de Fulgêncio Batista e estabelecer um novo regime pautado na melhoria das condições de vida dos menos favorecidos.

Entre outras propostas, o novo governo defendia a realização de uma ampla reforma agrária e o controle governamental sob as indústrias do país. Obviamente, tais proposições contrariavam diretamente os interesses dos EUA, que respondeu aos projetos cubanos com a suspensão das importações do açúcar cubano. Dessa forma, o governo de Fidel acabou se aproximando do bloco soviético para que pudesse dar sustentação ao novo poder instalado.

A aproximação com o bloco socialista rendeu novas retaliações dos EUA que, sob o governo de John Kennedy, rompeu as ligações diplomáticas com o país. A ação tomada no início de 1961 foi logo seguida por uma tentativa de contra-golpe, onde um grupo reacionário treinado pelos EUA tentou instalar - sem sucesso - uma guerra civil que marcou a chamada invasão da Baía dos Porcos. Após o incidente, o governo Fidel Castro reafirmou os laços com a URSS ao definir Cuba como uma nação socialista.

Para que a nova configuração política cubana não servisse de exemplo para outras nações latino-americanas, os EUA criaram um pacote de ajuda econômica conhecido como “Aliança para o Progresso”. Em 1962, a União Soviética tentou transformar a ilha em um importante ponto estratégico com uma suposta instalação de mísseis apontados para o território estadunidense. A chamada “crise dos mísseis” marcou mais um ponto da Guerra Fria e, ao mesmo tempo, provocou o isolamento do bloco capitalista contra a ilha socialista.

Com isso, o governo cubano acabou aprofundando sua dependência com as nações socialistas e, durante muito tempo, sustentou sua economia por meio dos auxílios e vantajosos acordos firmados com a União Soviética. Nesse período, bem sucedidos projetos na educação e na saúde estabeleceram uma sensível melhoria na qualidade de vida da população. Entretanto, a partir da década de 1990, a queda do bloco socialista exigiu a reformulação da política econômica do país.

Em 2008, com a saída do presidente Fidel Castro do governo e a eleição do presidente Barack Obama, vários analistas políticos passaram a enxergar uma possível aproximação entre Cuba e Estados Unidos da América. Em meio a tantas especulações, podemos afirmar que vários indícios levam a crer na escrita de uma nova página na história da ilha que, durante décadas, representou o ideal socialista no continente americano.
https://www.brasilescola.com/historiag/revolucao-cubana.htm

João Goulart


O anúncio das Reformas de Base inflamou as tensões políticas que tomaram conta do Governo João Goulart.

Após a renúncia de Jânio Quadros, os militares tentaram vetar a chegada do vice-presidente João Goulart ao posto presidencial. Tendo sérias desconfianças sobre a trajetória política de Jango, alguns membros das Forças Armadas alegavam que a passagem do cargo colocava em risco a segurança nacional. De fato, vários grupos políticos conservadores associavam o então vice-presidente à ameaçadora hipótese de instalação do comunismo no Brasil.

Com isso, diversas autoridades militares ofereceram uma carta ao Congresso Nacional reivindicando a extensão do mandato de Ranieiri Mazzilli, presidente da Câmara que assumiu o poder enquanto Jango estava em viagem à China. Inicialmente, esses militares se manifestavam à realização de novas eleições para que a possibilidade de ascensão de Jango fosse completamente vetada. No entanto, outros políticos e militares, como o Marechal Lott, eram a favor do cumprimento das regras políticas.

Foi nesse contexto que várias figuras políticas da época organizaram a chamada “Campanha da Legalidade”, onde utilizavam dos meios de comunicação para obter apoio à posse de João Goulart. Entre outros políticos destacamos Leonel Brizola, cunhado do vice-presidente, participou efetivamente do movimento. Paralelamente, sabendo das pressões que o cercavam, Jango estendeu sua viagem realizando uma visita estratégica aos EUA, como sinal de sua proximidade ao bloco capitalista.

Com a possibilidade do golpe militar enfraquecida por essas duas ações, o Congresso Nacional aprovou arbitrariamente a mudança do regime político nacional para o parlamentarismo. Dessa maneira, os conservadores buscavam limitar significativamente as ações do Poder Executivo e, consequentemente, diminuir os poderes dados para Jango. Foi dessa forma que, em 7 de setembro de 1961, João Goulart assumiu a vaga deixada por Jânio Quadros.

A instalação do parlamentarismo fez com que João Goulart não tivesse meios para aprovar suas propostas políticas. Mesmo assim, elaborou um plano de governo voltado para três pontos fundamentais: o desenvolvimento econômico, o combate à inflação e a diminuição do déficit público. No entanto, o regime parlamentarista impedia que as questões nacionais fossem resolvidas por meio de uma consistente coalizão política.

O insucesso do parlamentarismo acabou forçando a antecipação do plebiscito que decidiria qual sistema político seria adotado no país. Em 1963, a população brasileira apoiou o retorno do sistema presidencialista, o que acabou dando maiores poderes para João Goulart. Com a volta do antigo sistema, João Goulart defendeu a realização de reformas que poderiam promover a distribuição de renda por meio das chamadas Reformas de Base.

Em março de 1964, o presidente organizou um grande comício na Central do Brasil (Rio de Janeiro), onde defendia a urgência dessas reformas políticas. Nesse evento, foi presenciada a manifestação de representações e movimentos populares que apoiavam incondicionalmente a proposta presidencial. Entre outras entidades aliadas de Jango, estavam a União Nacional dos Estudantes (UNE), as Ligas Camponesas (defensoras da Reforma Agrária) e o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT).

O conjunto de ações oferecidas por João Goulart desprestigiava claramente os interesses dos grandes proprietários, o grande empresariado e as classes médias. Com isso, membros das Forças Armadas, com o apoio das elites nacionais e o apoio estratégico norte-americano, começaram a arquitetar o golpe contra João Goulart. Ao mesmo tempo, os grupos conservadores realizaram um grande protesto público com a realização da “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”.

A tensão política causada por manifestações de caráter tão antagônico foi seguida pela rebelião de militares que apoiavam o golpe imediato. Sob a liderança do general Olympio de Mourão filho, tropas de Juiz de Fora (MG) marcharam para o Rio de Janeiro com claro objetivo de realizar a deposição de Jango. Logo em seguida, outras unidades militares e os principais governadores estaduais do Brasil endossaram o golpe militar.

Dessa maneira, o presidente voltou para o Rio Grande do Sul tentando mobilizar forças políticas que poderiam deter a ameaça golpista. Entretanto, a eficácia do plano engendrado pelos militares acabou aniquilando qualquer possibilidade de reação por parte de João Goulart. No dia 4 de abril de 1964, o Senado Federal anunciou a vacância do posto presidencial e a posse provisória de Rainieri Mazzilli como presidente da República. Foram dados os primeiros passos para a ditadura militar no Brasil.

https://www.brasilescola.com/historiab/joao-goulart.htm

 

Oração Subordinada Adverbial

Uma oração é considerada subordinada adverbial quando se encaixa na oração principal, funcionando como adjunto adverbial. São introduzidas pelas conjunções subordinativas e classificadas de acordo com as circunstâncias que exprimem. Podem ser: causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, proporcionais e temporais.

- causais: indicam a causa da ação expressa na oração principal.
As conjunções causais são: porque, visto que, como, uma vez que, posto que, etc.
Ex: A cidade foi alagada porque o rio transbordou.

- consecutivas: indicam uma conseqüência do fato referido na oração principal.
As conjunções consecutivas são: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), de sorte que, de modo que, etc.
Ex: A casa custava tão cara que ela desistiu da compra.

- condicionais: expressam uma circunstância de condição com relação ao predicado da oração principal. As conjunções condicionais são: se, caso, desde que, contanto que, sem que, etc.
Ex: Deixe um recado se você não me encontrar em casa.

- concessivas: indicam um fato contrário ao referido na oração principal. As conjunções concessivas são: embora, a menos que, se bem que, ainda que, conquanto que, etc.
Ex: Embora tudo tenha sido cuidadosamente planejado, ocorreram vários imprevistos.

- conformativas: indicam conformidade em relação à ação expressa pelo verbo da oração principal. As conjunções conformativas são: conforme, consoante, como, segundo, etc.
Ex: Tudo ocorreu como estava previsto.

- comparativas: são aquelas que expressam uma comparação com um dos termos da oração principal. As conjunções comparativas são: como, que, do que, etc.
Ex: Ele tem estudado como um obstinado (estuda).

- finais: exprimem a intenção, o objetivo do que se declara na oração principal. As conjunções finais são: para que, a fim de que, que, porque, etc.
Ex: Sentei-me na primeira fila, a fim de que pudesse ouvir melhor.

- temporais: demarca em que tempo ocorreu o processo expresso pelo verbo da oração principal. As conjunções temporais são: quando, enquanto, logo que, assim que, depois que, antes que, desde que, ...
Ex: Eu me sinto segura assim que fecho a porta da minha casa.

- proporcionais: expressam uma idéia de proporcionalidade relativamente ao fato referido na oração principal. As conjunções proporcionais são: à medida que, à proporção que, quanto mais...tanto mais, quanto mais...tanto menos, etc.
Ex: Quanto menos trabalho, tanto menos vontade tenho de trabalhar.

Algumas orações subordinadas adverbiais podem apresentar-se na forma reduzida, com o verbo no infinitivo, no gerúndio ou no particípio. São:

- causais: Impedido de entrar, ficou irado.
- concessivas: Ministrou duas aulas, mesmo estando doente.
- condicionais: Não faça o exercício sem reler a proposta.
- consecutivas: Não podia olhar a foto sem chorar.
- finais: Vestiu-se de preto para chamar a minha atenção.
- temporais: Terminando a leitura, passe-me o texto.

https://www.mundoeducacao.com.br/gramatica/oracao-subordinada-adverbial.htm

 

Orações reduzidas

São denominadas orações reduzidas aquelas que apresentam o verbo numa das formas nominais, ou seja, infinitivo, gerúndio e particípio.
As orações reduzidas de formas nominais podem, em geral, ser desenvolvidas em orações subordinadas. Essas orações são classificadas como as desenvolvidas correspondentes.
As orações reduzidas não são introduzidas por conectivo.
No caso de se fazer uso de locução verbal, o auxiliar indica se se trata de oração reduzida ou não. Na frase:

Tendo de ausentar-se, declarou vacante seu cargo.

Temos aqui uma oração reduzida de gerúndio. Portanto, é condição para que a oração seja reduzida que o auxiliar se encontre representado por uma forma nominal.

Exemplos de orações reduzidas de infinitivo:

Substantivas subjetivas: são aquelas que exercem a função de sujeito do verbo de outra oração. Exemplos:

Não convém agires assim
É certo ter ocorrido uma disputa de desinteressados.
Urge partires imediatamente.

Substantivas objetivas diretas: são aquelas que exercem a função de objeto direto. Exemplos:

Ordenou saírem todos logo.
Respondeu estarem fechadas as matrículas.
As crianças fazem rir seus rivais.
O professor assegurou serem os exames para avaliar e não para derrotar os alunos.
Peça-lhes fazer silêncio.

Substantivas objetivas indiretas: são aquelas que funcionam como objeto indireto da oração principal. Exemplo:

Aconselho-te a sair imediatamente.

Substantivas predicativas: são aquelas que funcionam como adjetivo da oração principal. Exemplos:

O importante é não se deixar corromper pela desonestidade.
Seu desejo era adquirir um automóvel.

Substantivas completivas nominais: são aquelas que funcionam como complemento de um nome da oração principal. Exemplos:

Maíra estava disposta a sair da casa.
Tinha o desejo de espalhar os fatos verdadeiros.

Substantivas apositivas: são aquelas que funcionam como aposto da oração principal. Exemplos:

Fez uma proposta a sua companheira: viajarem pelo interior, no fim do ano.
Recomedou-lhe dois procedimentos: ler e refletir exaustivamente a obra de Manuel Bandeira.

Adverbiais: são aquelas que funcionam como adjunto adverbial da oração principal. Exemplos:

Chegou para poder colaborar. (final)
Alegraram-se ao receberem os campeões. (temporal)
Não obstante ser ainda jovem, conquistou posições invejáveis. (concessivas)
Não poderá voltar ao trabalho sem me avisar com antecedência. (condicional)
Não compareceu por se encontrar doente. (causal)
É alegre de fazer inveja. (consecutiva)

Adjetivas: são aquelas que funcionam como adjetivo da oração principal. Exemplos:

O aluno não era de deixar de ler suas redações.

Exemplos de orações reduzidas de gerúndio:

Subordinadas adjetivas: Parei um instante e vi o professor admoestando o garoto.

Adverbiais:

Retornando de férias, volte ao trabalho. (temporal)
João Batista, ainda trajando à moda antiga, apresentava-lhe galhardamente. (concessiva)
Querendo, você conseguirá obter resultados positivos nos exames. (condicional)
Desconfiando de suas palavras, dispensei-o. (causal)
Xavier, ilustre comerciante, enriqueceu-se vendendo carros. (modal ou conformativa)

Exemplos de orações reduzidas de particípio:

Subordinada adjetiva:

As notícias apresentadas pelo Canal X são superficiais.

Adverbiais:

Terminada a aula, os alunos retiraram-se da classe. (temporal)
Reconhecido seu direito, teriam tido outro comportamento. (condicional)
Acossado pela política, não se entregou. (concessiva)
Quebradas as pernas, não pôde correr. (causal)

 

Diretas Já !

 

Introdução

Diretas Já foi um movimento político democrático com grande participação popular que ocorreu no ano de 1984. Este movimento era favorável e apoiava a emenda do deputado Dante de Oliveira que restabeleceria as eleições diretas para presidente da República no Brasil.

Manifestações populares 

Durante o movimento ocorreram diversas manifestações populares em muitas cidades brasileiras como, por exemplo, passeatas e comícios. Estes eventos populares contaram com a participação de milhares de brasileiros.

Participações 

O movimento das Diretas Já contou com o apoio de diversos políticos da época como, por exemplo, Franco Montoro, Fernando Henrique Cardoso, Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, José Serra, Mário Covas, Teotônio Vilela, Eduardo Suplicy, Leonel Brizola, Luis Inácio Lula da Silva, Miguel Arraes, entre outros. Teve também a participação de artistas, jogadores de futebol, cantores, religiosos, etc.

Votação e decepção popular 

Em 25 de abril de 1984, a emenda constitucional das eleições diretas foi colocada em votação. Porém, para a desilusão do povo brasileiro, ela não foi aprovada. 

Eleições indiretas 

Em 15 de janeiro de 1985, ocorreram eleições indiretas e Tancredo Neves foi eleito presidente do Brasil. Porém, em função de uma doença, Tancredo faleceu antes de assumir o cargo, sendo que o vice, José Sarney, tornou-se o primeiro presidente civil após o regime de Ditadura Militar (1964-1985).

As eleições diretas para presidente do Brasil só ocorreriam em 1989, após ser estabelecida na Constituição de 1988.

https://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/diretas_ja.htm

O Plano Cruzado

O Plano Cruzado, lançado pelo Governo Sarney, em fevereiro de 1986, foi o primeiro plano eleitoreiro de impacto com base na inflação zero. Sua duração foi breve (9 meses). Foi substituído pelo Plano Cruzado II, baixado seis dias depois de o Governo ter obtido a maior vitória eleitoral da história da República, no dia 15 de novembro daquele ano: a totalidade dos governadores, e quase dois terços da Câmara e do Senado e das Assembléias Legislativas (a eleição presidencial não estava em jogo).

Com os salários congelados há nove meses, a população foi obrigada a arcar com os seguintes aumentos, num só dia: 60% no preço da gasolina; 120% dos telefones e energia; 100% das bebidas; 80% dos automóveis; 45% a 100% dos cigarros; 100% das bebidas.

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Governo Collor de Mello

Denúncias de corrupção

Além da queda de popularidade do presidente e a erosão acentuada da base parlamentar de apoio político, o governo Collor de Mello começou a ser alvo de denúncias de corrupção. Vários dos ministros e assessores do presidente, além de sua própria esposa, a primeira-dama Rosane Collor, foram acusados de desvio de verbas públicas.

Em maio de 1992, porém, um desentendimento familiar levou o irmão do presidente, Pedro Collor, a denunciar um extenso esquema de corrupção existente no governo, comandado pelo então tesoureiro da campanha presidencial, e empresário Paulo César Farias.

O Congresso Nacional foi pressionado a instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de investigar as denúncias. O relatório final da CPI apontou vínculos entre o presidente e empresário Paulo César Farias. Em seguida, foi aberto o processo de impeachment (que significa impedimento) do presidente da República.

A CPI e o processo de impeachment paralisaram o país por meses. Nas ruas, setores mais organizados da sociedade começaram a se manifestar em favor do afastamento de Collor da presidência. As maiores manifestações foram promovidas pelos estudantes (universitários e secundaristas) que ficaram conhecidos como os "caras-pintadas", por pintarem listras verde e amarelas no rosto.

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Globalização

 

Desde a sua origem, o capitalismo integrou o mundo numa única economia, com as grandes navegações, a descoberta de novas rotas e terras e o colonialismo. No entanto, utiliza-se o conceito de globalização para indicar o processo relativamente recente da internacionalização das relações econômicas capitalistas, apoiado em novas tecnologias de transporte e telecomunicações e na ampliação da capacidade produtiva.

Após a Segunda Guerra Mundial, essas tecnologias eliminaram os obstáculos técnicos para uma maior integração da economia: o avanço das telecomunicações com uso da tecnologia de satélites, a popularização da informática, a maior eficiência dos meios de transportes internacionais e a expansão sem precedentes das empresas multinacionais conectaram o mundo todo.

A Internet possibilitou a formação não só de redes de comunicação instantânea, em tempo real, como redes de produção, de serviços (comércio e entretenimento) e de investimentos com a possibilidade de realização de atividades simultâneas entre os pontos mais distantes do planeta.

Consequencia da globalização

 O empobrecimento

Assistimos atualmente à expansão de um duplo fennômeno: o aumento das diferenças entre países pobres e países ricos por um lado, e o aumento das diferenças entre ricos e pobres em todos os países que não prevêem medidas específicas para lutar contra os efeitos do empobrecimento, por outro lado.

Também assistimos ao sugimento de um fenômeno novo: o aumento da pobreza absoluta que tem até sexo, pois são principalmente as mulheres as primeiras vítimas, tanto nas sociedades industrializadas como nas sociedades tradicionais.

 As crises financeiras

A crise asiática e a que ameaça a América Latina são causadas diretamente por uma característica específica da globalização, que se identifica em geral como sendo a globalização dos mercados e, em particular, como a globalização dos mercados financeiros e especulativos. Esta crise foi provocada a partir de 1997 pelas grandes retiradas de capitais efetuadas pelos investidores privados internacionais à procura de melhores rendimentos mas nervosos, com medo das situações duvidosas. O desmantelamento dos diferentes controles nacionais sôbre os movimentos internacionais de capitais, realizado sob pressão do Fundo Monetário Internacional (FMI) e a favor de tratados como o ALENA, é um fator que contribuiu para a instabilidade criada pelos fluxos massiços de capitais.

Fingindo não ver a corrupção e a repressão de muitos "dragões" da Ásia, o FMI apresentava estes países como modelos. Hoje, o mesmo FMI obriga estes países a aplicar políticas draconianas de austeridade, provocando deste modo o surgimento de milhões de desempregados e a queda dramática do padrão da vida da população. No caso da Indonésia, que tem quase 200 milhões de habitantes com um rendimento anual de apenas 980 milhões de $US por habitante, a atividade econômica diminuiu em 15,5 % em 1998.

A crise asiática de 1997 foi seguida pela da Rússia em 1998 e pela do Brasil e de outros países da América Latina em 1999. Para cada caso, a receita ditada pelo FMI e pelas instituições financeiras privadas era a mesma: privatização dos serviços públicos, redução importante dos orçamentos sociais, majoração das taxas de juros, redução dos salários efetivos. A aplicação destas políticas resultou fatalmente numa explosão de desemprêgo, de miséria e de tensões sociais. Reagindo a esta situação, organizações progressistas nos vários continentes exigem uma reformulação das instituições financeiras internacionais (entre as quais o FMI), e a aplicação de controles nacionais sôbre os fluxos internacionais de capitais além da criação de um imposto mundial sobre as transações financeiras internacionais (mais conhecido como a taxa Tobin).

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Tecnologia

 

Você sabe colocar um CD num aparelho e fazê-lo tocar, ou programar um relógio digital para despertar no dia seguinte. São casos em que você tem domínio de métodos e processos para realizar determinadas atividades. Nesse sentido, temos o domínio de técnicas. As técnicas, num sentido amplo, são o conjunto de métodos e processos aplicados a uma determinada atividade humana.

As técnicas são uma conseqüência da capacidade de pensar e criar. O geógrafo Ruy Moreira define as técnicas, como "as práticas de disciplinar a maneira de o homem lidar com o mundo que o rodeia". O mesmo geógrafo afirma que ao tocarmos um violão, expor uma idéia, plantar trigo, estamos desenvolvendo uma habilidade, uma técnica.
 

Evolução da técnica e adaptação

Ao longo da história, os seres humanos foram adquirindo habilidades e conhecimentos - métodos e processos - para produzir uma infinidade de coisas e realizar uma grande variedade de atividades. Isso lhes possibilitou, entre outros aspectos, adaptarem-se aos mais diversos ambientes que existem em nosso planeta. O homem consegue sobreviver e desenvolver atividades nos mais variados recantos da Terra.

Essa é uma diferença entre os animais e os seres humanos. Os primeiros adaptam-se a uns poucos ambientes ou somente a um tipo de ambiente (por exemplo, o urso polar sobrevive nas regiões frias do hemisfério Norte). Nesse sentido, dizemos que os animais estão bastante condicionados aos fatores naturais, enquanto para o homem tais fatores não são determinantes, em termos de sobrevivência, sobretudo, no mundo atual.

Para se adaptar a lugares diferentes os seres humanos precisaram desenvolver técnicas, ou seja, habilidades e conhecimentos para a produção de bens materiais e para a realização de atividades. Tudo o que as pessoas produzem para a satisfação de suas necessidades é considerado um bem material. Roupas, casas, automóveis, caderno, livro, computador, móveis, instrumentos agrícolas, um pote de margarina, um pacote de macarrão, são alguns exemplos de bens materiais.

Tecnologia

Segundo Ruy Moreira, "o conjunto dos princípios que orientam a criação das técnicas de uma civilização é a tecnologia". Atualmente, grandes empresas multinacionais, que produzem ou desenvolvem atividades de serviços em diversos lugares da Terra, e países desenvolvidos econômica e socialmente concentram centros de pesquisas, nos quais trabalham cientistas e pesquisadores responsáveis pela criação de tecnologia avançada.

É ela que permite a fabricação de modernos produtos eletroeletrônicos e de informática, satélites artificiais, medicamentos, equipamentos utilizados na realização de exames médicos, aviões. Esses países e empresas reúnem variedade e quantidade significativa de conhecimento tecnológico - dominam tecnologia avançada e, com isso, produzem mercadorias de alto valor.

O trabalho, por sua vez, depende das técnicas e da tecnologia desenvolvidas para retirar recursos da natureza, para produzir bens materiais e para realizar uma série de serviços.

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Assim, as técnicas, a tecnologia e, ao mesmo tempo, o trabalho vão intermediando o relacionamento das pessoas com a natureza e vão determinando as modificações que ocorrem nas paisagens.

Governo Lula

 

No debate entre os candidatos ao governo do Estado de S. Paulo, segunda-feira passada, na TV Bandeirantes, Plínio de Arruda Sampaio teve o melhor desempenho em muitos anos. No bloco de perguntas entre os candidatos, Aloizio Mercadante – em quem muitos paulistas estão arrependidos de ter votado para o Senado Federal – perguntou a opinião do católico sobre o governo do PSDB. Plínio lhe devolveu a pergunta com dados da UNAFISCO (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais), segundo os quais as diferenças orçamentárias entre os governos Lula e FHC são praticamente nulas. Por exemplo, Lula empregou míseros 2,7% do orçamento na Saúde Pública. FHC havia empregado ridículos 3% (praticamente a mesma coisa); em educação diferença alguma: 6% para ambos. Em meio ambiente, FHC gastou 4%, Lula gastou 2%. Enquanto FHC deu aos banqueiros 43% do Orçamento Geral da União (comparado com os gastos em saúde 3% e educação 2% percebemos para quem governou, efetivamente), Lula deu pouca coisa a mais: 45%. Quando vemos que gastou menos de 1% em habitação percebemos que Lula tem mais apreço pelos bancos do que pelo povo trabalhador do Brasil. Tanto quanto seu antecessor, por sinal.

Mesmo a corrupção, que no governo FHC foi monstruosa, com a privataria rapinante, a compra de parlamentares para a reeleição, etc. repete-se magnificada em Lula da Silva. Agora há o mensalão, os vampiros, sanguessugas...  Não há diferença perceptível entre o governo neoliberal dos tucanos e o governo neoliberal de Lula da Silva. Nem do ponto de vista orçamentário, nem do ponto de vista ético. Claro, petistas e tucanos se ofendem demais com a comparação pois cada grupo se considera “paladino da ética” e “mais competente que o outro”. Mas nenhum dos dois se destaca favoravelmente em nenhum dos campos. Escolher entre tucano e petista não é escolher, é manter tudo como está.

            Iguais em ética (nenhuma) e encaminhamento econômico (tirar dos pobres para dar aos ricos) as diferenças são meramente cosméticas. Enquanto parte do eleitorado se digladia entre duas propostas radicalmente idênticas, o grande capital especulativo festeja e os trabalhadores continuarão sem representação no Executivo Federal, coisa que acontece desde o descobrimento do Brasil.

 

https://www.culturabrasil.pro.br/ruim_mesmo.htm